| Argumentos contra o aborto
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| Saude Sexual e Reprodutiva: O Aborto e a Pobreza
O aborto inseguro continua a ser um fenómeno preocupante em todo o mundo. Só em 2006, cerca de 20 milhões de mulheres enfrentaram as consequências de um aborto realizado sem condições de segurança. Destas, mais de 90% pertencem ou pertenciam aos países mais pobres do mundo. O aborto inseguro é uma das maiores causas de mortalidade materna, é um problema de saúde pública, uma tragédia que pode ser evitada. O aborto realizado em condições inadequadas constitui, ao mesmo tempo, uma causa e uma consequência da pobreza. É um dos factores que mais contribui para o elevado índice de mortalidade e de danos no que se refere à saúde física e psíquica da mulher, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento. A dificuldade das mulheres mais jovens em exigirem os seus direitos ao nível da saúde sexual e reprodutiva, leva a que tenham, muitas vezes, de ter de optar entre arriscar as suas vidas e a sua saúde com um aborto inseguro ou serem excluídas socialmente e abandonadas. O impacto do aborto inseguro coloca em evidência as desigualdades sociais e de saúde pública entre países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento. Não há dúvida de que o aborto inseguro atinge essencialmente as mulheres mais pobres. É nos países em vias de desenvolvimento que a taxa de mortalidade é maior. Esta é a nossa realidade! Muitas mulheres não têm controlo sobre a sua vida sexual, não têm acesso ou não lhes é permitido o acesso aos serviços de planeamento familiar, tendo isto como consequência, a gravidez não desejada. A desigualdade de género, a cultura, a religião e a pobreza são factores que limitam as oportunidades das mulheres decidirem sobre a sua vida sexual e reprodutiva. |
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